
Imagem: Camilla Quintela
Inusitado. Muito nova para mim. E no maior shopping da cidade. Me cumprimentou pelo nome? E tudo que pude responder foi… oi? Talvez essa seja minha versão mais recente de um Alzheimer que ainda não tive tempo de assumir.
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Vai que seja, a filha de algum amigo. Ou neta. Linda, por que não dizer? Mas aquele oi foi meio que íntimo demais. Foi um encontro inesperado com uma esquecida conhecida, com certeza. Chato ficou, aquela sensação desconfortável de me perder no incompreensível. Sem dúvida, Alzheimer.
Ainda mais naquele lugar onde sempre me considerei incógnito, no meio de incontáveis incógnitos. Justamente lá me surgiu aquele oi sorridente que muito depressa desapareceu naquele povo. Tentei ligar o rosto ao nome, mas nada. Procurei na praça de alimentação e nada. Ainda que fosse inadequado, eu perguntaria seu nome ou de onde a conhecia. Paciência, foi-se o que seria.
Foi-se o que seria? Qual, aqui registro agora. Ficou na memória, a mesma desmesurada que me faltou naquele momento de um simples cumprimento.
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